quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Índios Kaxagó apresentam reivindicação de aérea em Sergipe ao MPF

Representantes de comunidade indígena Kaxagó estiveram nesta quarta-feira, 17 de agosto, na sede do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) para apresentar reivindicação. Se reuniram com a procuradora da República Lívia Nascimento Tinôco, o cacique da etnia Ivanildo dos Santos, o pajé José Paulo dos Santos e Sinesio Iraninon.

A etnia Kaxagó requer que a Fundação Nacional do Índio (Funai) adquira uma área localizada no município de Gararu para que a comunidade possa se estabelecer. As terras reivindicadas pelos Kaxagó têm 200 hectares de extensão, ficam às margens do Rio São Francisco e possuem uma mata considerada por eles adequada para realizar os rituais religiosos do grupo.

Atualmente, os índios Kaxagó vivem nas terras indígenas da etnia Kariri-Xocó. Os Kaxagó afirmam sofrer discriminação por parte dos Kariri-Xocó, além de estarem em situação de vulnerabilidade econômica, uma
vez que não dispõem de extensões suficientes de terra para prover o sustento da comunidade.

Em junho deste ano, a pedido da procuradora Lívia Tinôco, a Procuradoria-Geral da República enviou um antropólogo às terras indígenas em que vivem as duas comunidades a fim de produzir um parecer pericial sobre a situação da etnia Kaxagó. “Considerando que além do processo discriminatório as famílias que se identificam como Kaxagó se ressentem da exiguidade de terras para suas atividades produtivas, a aquisição de terras para seu assentamento parece ser uma medida recomendável”, diz o parecer.

O estudo apresentado ao MPF/SE esclarece que os Kaxagó que hoje vivem junto aos Kariri-Xocó provavelmente descendem de uma comunidade que viveu no município de Pacatuba e acabou sendo expulsa da região por conflitos agrários ainda no século XIX. Esses índios, então, passaram a conviver com a etnia Kariri-Xocó.

Assessoria de Comunicação

Ministério Público Federal em Sergipe

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