segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alerta geral: Julgamento da Ação 312 (Pataxó Hã-Hã-Hãe) quarta-feira, 28 de setembro


O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima quarta-feira, dia 28 de setembro, a continuidade do julgamento da Ação Cível Originária da Reserva Indígena Caramuru – Catarina Paraguassu, no Sul da Bahia, terras tradicionais dos Pataxó Hã-Hã-Hãe.
Imprescindível intensificar todo tipo de manifestação popular/entidades/articulações em favor dos índios Pataxó Hã-Hã-Hãe nos próximos dias, para dar visibilidade nas mídias, obter manifestações junto aos ministros do STF por fax, e-mails e telefones, que seguem abaixo, juntamente comsugestão de mensagem aos Ministros.
Memória:
Na ação (ACO 312), a Funai pede que os títulos de propriedade incidentes sobre a Reserva Indígena sejam declarados nulos – ou seja, percam totalmente sua validade. Apesar de quatro perícias da Funai já terem confirmado a presença e a ocupação dos indígenas em suas terras desde pelo menos 1650, os ocupantes não-indígenas contestam a ação e se tratar de terras de propriedade da União. O Ministério Público Federal opinou a favor da nulidade dos títulos de propriedade concedidos aos não-indígenas em abril de 2001.
O julgamento da ACO 312 já começou. Segundo o relator do processo, Ministro Eros Grau, “não há títulos de propriedade válidos no interior da reserva, anteriores à vigência da Constituição Federal de 1967”, que é a Constituição de referência para o caso, pois estava valendo no momento em que a ACO 312 chegou ao STF, em 1982.
O artigo 186 daquela Carta considerava as terras ocupadas tradicionalmente pelos indígenas como sendo de domínio da União, para usufruto dos índios, além de declarar a nulidade de qualquer título de propriedade de terra localizada dentro da área.
O ministro Eros Grau concluiu que os índios estavam presentes na região desde muito antes da Constituição de 1967: “Abrange toda a área habitada, utilizada para o sustento do índio, necessária à preservação de sua identidade cultural”, e votou pela procedência da ação (a favor dos indígenas), “para declarar a nulidade de todos os títulos de propriedade cujas respectivas glebas estejam localizadas dentro da área da reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu”.
O julgamento foi interrompido por um pedido de vista e está pautado para ser reiniciado no próximo dia 28.
Sugestão de Carta e demais dados:
Excelentíssima Senhora Ministra,
Excelentíssimo Senhor Ministro,
O drama do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe ganhou repercussão nacional e internacional quando, na madrugada do dia 20 de abril de 1997, o índio Galdino Jesus dos Santos, que dormia num ponto de ônibus no centro de Brasília, teve seu corpo incendiado por cinco jovens da classe-média brasiliense. Galdino buscava em Brasília apoio para as reivindicações de recuperação do seu território tradicional, a Terra Indígena Caramuru – Catarina Paraguassú, no sul da Bahia. Galdino é um dos trinta Pataxó Hã-Hã-Hãe assassinados na luta pela retomada de suas terras.
No próximo dia 28 está marcada a continuidade do julgamento da ACO 312, ação na qual a Funai pede a nulidade dos títulos de propriedade de não-índios sobrepostos à Reserva Indígena, demarcada em1938. A maioria desses títulos foi concedida pelo estado da Bahia durante a gestão de Antonio Carlos Magalhães, nos anos 70.
Por uma questão de Justiça solicito vossa especial atenção para a efetivação dos direitos do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, garantindo a integridade de suas terras tradicionais e pondo termo ao lamentável histórico de violências e massacres que este povo vem sofrendo desde os primeiros contatos com a sociedade não-indígena.
Respeitosamente,
(nome, RG ou CPF, endereço)
Enviar mensagens para:
Ministro Presidente
Cezar Peluso
Telefone: 55+             (61) 3217-4191
Telefone2: 55+             (61) 3217-4200
Fax: 55+ (61) 3217-4219
Email:  mluciam@stf.jus.br
Ministro Vice-Presidente
Ayres Britto
Telefone: 55+             (61) 3217-4311
Telefone2: 55+             (61) 3217-4312       [4314]
Fax: 55+ (61) 3217-4339
Email:  beatriz@stf.jus.br
Ministra
Cármen Lúcia Antunes Rocha
Chefe de Gabinete: Eduardo Silva Toledo
Telefone: 55+             (61) 3217-4348
Telefone2: 55+             (61) 3217-4360
Fax: 55+ (61) 3217-4369
Email:  emilias@stf.jus.br
Ministro
Celso de Mello
Telefone: 55+              (61) 3217-4077
Fax: 55+ (61) 3217-4099
Email:  gabcob@stf.jus.br
Ministro
Marco Aurélio
Telefone: 55+             (61) 3217-4281
Telefone2: 55+             (61) 3217-4282
Fax: 55+ (61) 3217-4309
Email:  marcoaurelio@stf.jus.br
Ministro
Gilmar Mendes
Telefone: 55+             (61) 3217-4175
Telefone2: 55+             (61) 3217-4161
Fax: 55+ (61) 3217-4189
Email: audienciasgilmarmendes@stf.jus.br
Ministro
Joaquim Barbosa
Telefone: 55+              (61) 3217-4131
Telefone2: 55+             (61) 3217-4133
Fax: 55+ (61) 3217-4159
Email:  gabminjoaquim@stf.jus.br
Ministro
Ricardo Lewandowski
Telefone: 55+             (61) 3217-4259
Fax: 55+ (61) 3217-4279
Email:  gabinete-lewandowski@stf.jus.br
Ministro Dias Toffoli
Telefone: 55+             (61) 3217-4102
Telefone2: 55+             (61) 3217-4104            [4708]
Fax: 55+ (61) 3217-4711
Email:  gabmtoffoli@stf.jus.br
Ministro
Luiz Fux
Telefone: 55+             (61) 3217-4387
Telefone2: 55+             (61) 3217-4371
Fax: 55+ (61) 3217-4399
Email:  gabineteluizfux@stf.jus.br

http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=5803&action=read
http://racismoambiental.net.br/2011/09/alerta-geral-julgamento-da-acao-312-pataxo-ha-ha-hae-quarta-feira-28-de-setembro/
Fonte: 

Apresentação do documentário "Bracope, o triângulo da morte"


Lavoisier Costa (lavoirp@gmail.com) realizou este documentário e busca parcerias para exibi-lo pelo Brasil.


BRACOPE, O TRIÂNGULO DA MORTE
Rumores  sobre tráfico de órgãos na tríplice fronteira

 Os relatos e acontecimentos ligados ao povo indígena Ticuna, que habita principalmente a região da tríplice fronteira entre os paises Brasil, Peru e Colômbia, que fazem alusão a agressões, assassinatos e a violência que este povo tem sofrido por parte de indivíduos desconhecidos e até conhecidos chamados pelos indígenas de“corta-cabeças”, pelo fato de muitas pessoas, segundo o relato, terem sido encontradas sem cabeça e sem órgãos vitais (coração, rins, fígado, pâncreas etc.), fatos atribuídos a elementos alienígenas e emmuitos casos até indígenas e mestiços.Há também suspeitas por parte dos entrevistados em relação a militares americanos, organizações não governamentais de diversos segmentos, forças de investigação e segurança, missões religiosas, instituiçõesde pesquisa científica e turistas.

Considerando a importância que possui a informação para os povos e para o indivíduo este trabalho de pesquisa visa  analisar rumores  que passam despercebidos e que muitas vezes são tratados como mentiras; lendas indígenas, lendas urbanas ou ainda como sensacionalismo a partir da mídia, veiculação ou transmissão oral, sensacionalismo também criado a partir dos “emissores”, ou seja, em torno daqueles que de certa forma criam boatos para revelar acontecimentos chamando a atenção para sua situação, neste caso os indígenas Ticuna do Alto Rio Solimões-Amazonas.

 O  presente trabalho deverá ser utilizado como objeto de análise sobre as denuncias, apuração dos fatos e considerações, desmistificar rumores decorrentes da aparição de objetos luminosos estranhos na
região do trapézio amazônico. A região do Trapézio Amazônico, localizada na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, delineada pelo Rio Amazonas, é o espaço de circulação do rumor  é onde se localiza esta investigação.

Gilmar de Souza Pinto

AM – Indígenas do Alto Solimões denunciam demarcação irregular


Etnia Caixana, de Santo Antônio do Içá, acusam fazendeiros, trabalhadores rurais, vereadores e até a prefeitura do município de invadir terras para lotear e vender terrenos
Mônica Prestes
Indígenas da comunidade Vila Presidente Vargas, no Município de Santo Antônio do Içá, (a 888 quilômetros de Manaus, no Alto Solimões), acusam fazendeiros, trabalhadores rurais, vereadores e até a prefeitura do município de invadir terras indígenas para lotear e vender os terrenos. A denúncia foi feita pelo indígena da etnia Caixana, Eledilson Correia.
Eledilson veio a Manaus para elaborar uma denúncia formal à Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, documento que ele disse ter enviado ao órgão na quinta-feira, 22. Na denúncia, ele relata que as ações arbitrárias da prefeitura e dos fazendeiros vêm ocorrendo desde 2009, mediante a supressão vegetal e ameaças aos indígenas, que ocupam a área há mais de 600 anos.
“Essa área é uma terra indígena há mais de 600 anos, mas desde 2009 os fazendeiros, apoiados pela prefeitura e pelos vereadores, começaram a lotear nossas terras. Esta semana eles começaram a demarcar os lotes que eles pretendem vender antes que a Funai venha até aqui para delimitar as terras”, disse o indígena.
Ele contou que os indígenas solicitaram a demarcação do território à Funai, mas temem que a área seja devastada, loteada e vendida pelos “grileiros” antes da intervenção federal. “Eles nunca chegaram para conversar com a gente, só ficam ameaçando de tirar nossa terra. Estamos procurando nossos direitos e o Estado tem que respeitar os direitos garantidos aos povos indígenas pela constituição brasileira”, reclamou.
Segundo Eledilson, na segunda-feira, 19, pessoas que teriam se identificado como sendo do Instituto de Terras do Amazonas (Iteam) começaram a delimitar os lotes, que posteriormente seriam vendidos. A situação levou os indígenas a acreditar que o Iteam, órgão do governo do Estado, estaria favorecendo os fazendeiros e a prefeitura na disputa pelas terras.
“Na segunda (19), o Iteam começou a demarcar os lotes e esta semana também, os fazendeiros e a prefeitura voltaram a fazer os loteamentos. Eles estão derrubando a mata, devastando tudo e cercando os terrenos. Não sei quantos lotes já foram feitos, mas sei que eles ainda não começaram as ser vendidos”, relatou.
O argumento apresentado pela prefeitura de Santo Antônio do Içá para apoiar os fazendeiros que estão loteando a área, segundo Eledilson, é de que no local já existem propriedades produtivas.
“O que é uma mentira, pois ainda não existe nenhuma propriedade produtiva lá. Não há cultivo de nada. A prefeitura está sendo conivente porque também sai lucrando com essa invasão”.
http://acritica.uol.com.br/manaus/Indigenas-Alto-Solimoes-demarcacao-irregular_0_561543888.html


Fonte: http://racismoambiental.net.br/2011/09/am-indigenas-do-alto-solimoes-denunciam-demarcacao-irregular/

Bolívia – Guaraníes descartan diálogo con el Gobierno por represión a indígenas


La vicepresidenta de la Confederación de Pueblos Indígenas de Bolivia (CIDOB), Nelly Romero, informó que el diálogo que iba iniciar la Asamblea del Pueblo Guaraní (APG) con el Gobierno, este lunes, fue descartado por la dura represión policial a la movilización indígena en defensa del TIPNIS.
“Repudiamos la actitud de este acto brutal, de cómo han sido reprimidos (los indígenas), sin considerar a nadie, esto nos indigna”, señaló la dirigente con lágrimas en los ojos a radio Parapetí de Erbol.
Por su parte la vicepresidenta de la APG, Edith Cuarto, adelantó que su organización radicalizará las medidas de protestas con el bloqueo de la carretera nacional número 9, que une Yacuiba con Santa Cruz.
Mientras que el presidente del Consejo de Capitanías de Santa Cruz, Ernesto García, quien encabezó la noche de este domingo una marcha de protesta en Camiri, lamentó la actitud del gobierno del presidente Evo Morales.
“Estamos indígnados por esta actitud perversa del Gobierno hacia las indígenas de tierras bajas. No podemos permitir que cuando un pueblo reclama por sus derechos se nos trae de esta forma”, puntualizó.
Mensagem ainda de ontem, enviada por Álvaro de Angelis, informava: “companheiros bolivianos pedem apoio urgente para a marcha dos povos indígenas e camponeses do TIPNIS. Infelizmente, os gases lacrimogêneos estão de volta na América Latina, usados para interromper a marcha indígena de vigília até La Paz, reprimindo populares que defendem seus territórios da estrada financiada pelo BNDES e apoiada por Lula em seu discurso recente no departamento de Santa cruz, Bolívia.
O comunicado diz:
Se recibió información de que pasadas las 5 de la tarde los compañeros indígenas del TIPNIS en Yucumo fueron intervenidos con GACES LACRIMÓGENOS (DATO CONFIRMADO). Además llegó información (NO CONFIRMADA) de que se escuchan balazos.
El grupo de avanzada fue intervenido y subido a 4 buses (dato ERBOL) con destino a San Borja.
ESTAMOS EN SAN FRANCISCO LLAMAMOS A TODA LA POBLACIÓN DE SUMARSE A LA VIGILIA!!!!!!
Fonte: 
http://racismoambiental.net.br/2011/09/bolivia-guaranies-descartan-dialogo-con-el-gobierno-por-represion-a-indigenas/

EUA dizem adeus às suas represas: ''São caras e nocivas ao ambiente''

Símbolo obsoleto do século XX: só resistirão as eficientes. Foram destruídas 925 represas, muitas nos últimos anos. Ressuscita o negócio da pesca e do turismo.
A reportagem é de Federico Rampini, publicada no jornal La Repubblica, 18-09-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A tribo Klallam está em festa há uma semana por causa da "vingança do salmão selvagem, animal sagrado". O ponto culminante das celebrações foi a grande explosão de dinamite que pulverizou ontem, em uma nuvem de detritos, a barragem deLower Elwha, um rio no Estado de Washington. "A retomada do curso natural – declarou o ministro do Interior, Ken Salazar – assinala o início de uma nova era nas relações entre os nossos rios e as comunidades que vivem em suas margens".
A barragem de Lower Elwha, uma muralha de 35 metros de altura, é apenas a última a cair sob os golpes de uma nova tendência, que está apagando da paisagem norte-americana uma das marcas distintivas do século XX.
A demolição das barragens tem sido invocada há muito tempo pelos ambientalistas, que as consideram um estupro da paisagem. O aliado natural nessa campanha são os índios dosEUA, descendentes de tribos indígenas que preservaram tradições ancestrais de respeito pela natureza. Mais recentemente, os cientistas especialistas em climatologia, geografia e geologia se uniram a uma tese "revisionista": longe de regular os rios, as barragens, muitas vezes acentuam as enchentes e as inundações, enquanto um retorno ao fluxo natural permite que se reduzam as calamidades. Até mesmo a direita acabou inclinando, por uma razão prosaica: manter as represas custa caro, em uma fase de altos déficits públicos, enquanto destruí-las significa ressuscitar o negócio da pesca e do turismo.
Resultado: os EUA demoliram 925 barragens, a maior parte delas nos últimos quatro anos. Um número já enorme, mas que tende a aumentar rapidamente, porque o total das barragens dos EUA gira em torno das 80 mil. A maioria delas foi construída há mais de meio século e estão se aproximando da sua "data de validade" de acordo com as normas de segurança.
A inversão de tendência é impressionante, porque as barragens eram um símbolo da "conquista do território" por parte dos colonos brancos, e, no século XX, um motor de modernização: das fábricas têxteis às fábricas de papel no início do século XX, muitas áreas da Costa Leste e do Centro-Oeste viram florescer o seu primeiro boom industrial justamente ao longo dos rios e perto das represas que geravam a eletricidade. Até a Segunda Guerra Mundial, as centrais hidrelétricas alimentadas por barragens forneceram 40% de toda a energia dos EUA.
O impulso mais vigoroso à construção das represas ocorreu naGrande Depressão, precisamente aquele período histórico que hoje os norte-americanos "redescobrem" para o seu próprio prejuízo, por causa das analogias com a crise atual. Para arrastar a economia dos EUA para fora da Depressão, nos anos 1930, o presidente Franklin Delano Roosevelt lançou com o New Dealum imponente programa de obras públicas. As barragens estavam em primeiro lugar entre as infraestruturas construídas nesse período e algumas delas entraram para a história.
Esse é o caso da Hoover Dam (foto), no Black Canyon do rioColorado, 40 quilômetros ao sul de Las Vegas: foi inaugurada no dia 30 de setembro de 1935 por Roosevelt, que teve a elegância de dedicá-la ao seu infeliz antecessor (porque os fundos haviam sido alocados quando o presidente era Herbert Hoover, o do crack da bolsa de 1929). Na paisagem espetacular ao longo da estrada US-93, a Hoover Dam havia sido uma atração turística até hoje.
Ainda mais importante foi a experiência da Tennessee Valley Authority, instituída em 1933 para ajudar uma das áreas mais atingidas pela Depressão: essa entidade pública construiu 50 barragens e 12 centrais hidrelétricas, tornou-se um modelo de planejamento estatal do território, copiado depois da Segunda Guerra Mundial em muitos países emergentes.
Pode surpreender a marcha a ré de hoje justamente quando a energia hidrelétrica permite reduzir as emissões de dióxido de carbono. Na verdade, a National Hyrdopower Associationaumentará em 66% a produção de energia nos próximos 15 anos, concentrando-a nas grandes barragens mais novas e mais eficientes. Já agora, grande parte da hidroenergia vem de 3% das barragens. Quanto às outras, elas podem seguir o destino deElhwa Dam e restituir a água aos seus proprietários. "Antigamente, nos chamavam de povo salmão", diz Robert Elofson, da tribo Klallam, "porque para nós o peixe tinha uma mesma dignidade que a espécie humana. Neste rio, os salmões caíram de 400 mil para 3 mil. Agora, eles podem reconquistá-lo".

sábado, 24 de setembro de 2011

Destruyendo el cañón más profundo del mundo.



Hoy en este mundo donde se habla de preservar el medio ambiente, donde hasta el mismo Vaticano decreta que es pecado desperdiciar el agua, hoy en día se esta destruyendo el cañón mas profundo del mundo.
 
Esto ocurre con la interrupción del discurrir de las aguas que atraviesan este cañón el cual esta condenado a ser un ambiente muerto y desolado, ya que sin agua no hay vida señores. Lo triste de este asunto es por hacer una hidroeléctrica, la cual no  tiene razón de ser simplemente; ya que el Perú hoy satisface su necesidad energética en exceso, se hacen estos proyectos para vender electricidad a enemigos históricos del país llamado Perú.
 
Señores el cañón mas profundo del mundo, que tiene una profundidad superior a la del Colorado en EEUU, y al de Cotahuasi en Arequipa, ya que hablamos de una profundidad de 3900 metros muy superior a la del colorado que a lo mucho supera los 3000 y el de Cotahuasi que apenas llega a los 3800 metros ; señores hoy se piensa destruir esa maravilla que tiene el mundo ya que hablamos del cañón mas profundo del mundo y este sector se encuentra en el área del kurahuasi, mas conocida como la tierra del anís, lugar que posee una biodiversidad única en el mundo, que cuenta con depresiones como la ya nombrada y además de una naturaleza única, hoy en día no solo este sector peligra a consecuencia del proyecto MAGES SIGUAS  II, proyecto inviable, que no cuenta con estudio de impacto ambiental, todos los datos además citados están debidamente constatados por elinstituto geofísico del Perú.
 
Entonces hoy hablamos de preservar el medio ambiente, hablamos de la sustentabilidad de que las cosas deben  ser sostenibles en el tiempo, señores no es la primera vez que se  hace un atentado de esta magnitud ya que en la década del 80 se desvió las aguas en Condoroma, afectando muchas comunidades indígenas, favoreciendo la migración del campo a ciudad con esas aguas se hizo el proyecto Mages I, que toda su inversión hasta el día de hoy no ha sido recuperada ojo aquí, y tampoco se riegan las hectáreas citadas en este proyecto en su totalidad. Entonces señores hablamos de malversación de fondos.
 
Hoy en día de que hablamos porque tanto interés departe de unos cuantos, que van a lucrar con este proyecto haciendo mas ricas a las empresas que entraran a la licitación, y por su puesto los que van a hacer esta licitación, este proyecto esta valorizado en 300 millones de dólares, de los cuales 120 millones de dólares se Irán a diferentes bolsillos; porque por los LOBBIS; lobby como ya explique es simple te doy tanto favoréceme con la buena pro.
 
Pero esto es secundario para la realización de esta presa hablamos de la desviación de las aguas del RIO APURIMAC, desde su origen alterando todo el ecosistema que se crea alrededor de este rió, el cual es uno de los principales afluentes del rió AMAZONAS que como ya explique en anteriores escritos es un rió que varia de a acuerdo a las lluvias en la sierra su caudal, que es donde se genera la vida en la amazonia y la hace única en el mundo ojo aquí, por que ya hay estudios en demasía en que la biodiversidad que hay en esta parte de la selva amazónica es única en el mundo, por lo tanto insustituible. Entonces hablamos de la destrucción de la simbiosis natural que demoro tal vez millones de años en formarse equilibrarse, y darse para hoy tener lo que es la amazonia que hoy peligra en su conjunto, hablamos de especies donde tal vez estén las formulas para curar el VIH SIDA, el mal de Alzheimer, los canceres que hoy atacan a la humanidad, y en fin las nuevas pandemias que vendrán.
 
Señores el rió Apurimac en su recorrido hasta ser parte del gran rió Amazonas recorre 6 regiones, hablamos de seis presidentes regionales que nadie dice nada, y para que hablar de los congresistas que representan estas regiones, al parecer tenemos congresistas que no conocen de geografía, pero esto no es nada nuevo si tuvimos come pollos, roba luz ahora que le hace que tengamos congresistas que ignoran de geografía si vemos que hay hasta proxenetas de congresistas en el anterior teníamos hasta violadores de los derechos humanos caso de almirantillo Gianpietri con dos generaciones de ser peruano. Una vez que no haya agua no se que van a decir, hablamos del área del VRAE que será afectada área que tanto se habla, debe tener atención del estado y ya se le va quitar el recurso agua, destruyendo la conexión que existe del amazónico con el rió, esa conexión que hace sus ciclos vitales, esa conexión que hace que haya tantas comunidades indígenas en la amazonia para ser exactos 74 etnias que se verán afectadas.
 
Ahora bien al disminuir el caudal del rió Amazonas al ya no darse la inundación que se daba debido a la crecida de los  ríos como el Apurimac ojo aquí principal afluente del Amazonas señores, hablamos de la desaparición de miles de millones de especies a nivel de insectos muchos de las cuales aun no descubiertos para que hablar de mamíferos, aves, y en fin tanta variedad de flora y fauna que gracias a esos ciclos naturales del rió con la selva sussipten. Ya que como lo dijo el científico francés JACK CUSTLO la selva amazónica es anfibia.
 
Entonces señores de llevarse a cabo el proyecto Mages siguas II se afectaría a siete regiones, no solo a la provincia de Espinar, se afectaría el equilibrio ecológico del mundo en su totalidad, ya que el mundo entero lo reconoce la amazonia es uno de los últimos pulmones que tiene el mundo para respirar, y al ejecutarse el represamiento de las aguas del rió Apurimac estamos afectando el equilibrio natural de la selva amazónica, equilibrio que se dio no en un día no en una generación se dio en miles de años, que es el tiempo que tiene la amazonia.
 
Atte.
Arnaldo Vera.
 

Link de documentario sobre a rodovia interoceânica que passa pela fronteira entre Acre e Peru


"Em 2006, a construção da rodovia Interoceânica Sul para a ligar a Amazônia brasileira aos portos do Pacífico no Peru se inicia. Cinco anos depois, em julho de 2011, a ponte Continental, na cidade amazônica peruana de Puerto Maldonado, capital de Madre de Dios, é inaugurada. A inauguração da ponte representa a conclusão da obra da estrada, que conecta os dois oceanos da América do Sul, e que rasga a floresta Amazônica, descontroladamente"
 

Boletim Combate ao Racismo Ambiental

Boletim Combate

Destaques de 23 de setembro de 2011



Belo Monte: quando as formiguinhas encurralaram o elefante!


Medialivre – No dia 1 de setembro, cerca de 300 agricultores de Vitória do Xingu, afetados pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, realizaram uma reunião com a empresa responsável pela obra, a Norte Energia (Nesa), para discutir os termos dos possíveis deslocamentos da comunidade. Mediados pelo Ministério Público Federal (MPF), na figura do procurador Felício Pontes Jr., os agricultores do travessão Cobra Choca – estrada vicinal da Transamazônica – levantaram contradições no processo de indenização pelas terras que deverão ser afetadas pela usina. A reunião foi coorganizada pela Associação de Agricultores da Volta Grande do Xingu (Agrivox) e pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre (MXVPS).
Cobra Choca está localizada na área destinada ao reservatório intermediário da usina e terá suas plantações e casas alagadas. A Nesa está identificando os moradores e avaliando as propriedades, mas as ofertas financeiras resultantes têm revoltado não só àqueles que tiveram seus lotes diretamente avaliados, como também os que apenas tomaram conhecimento dos preços apresentados pela Nesa.
Fonte: http://racismoambiental.net.br/2011/09/belo-monte-quando-as-formiguinhas-encurralaram-o-elefante/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cacería de brujos o una nueva extirpación de idolatrías


Róger Rumrrill
En el ojo de la tormenta
 
Una sangrienta cacería de brujos se ha desatado en el distrito de Balsapuerto, provincia de Alto Amazonas, en la Región Loreto. Se calcula que sólo en los últimos doce meses han sido asesinados 14 curanderos, médicos vegetalistas o shamanes como se les conoce en la jerga académica.

Hasta la fecha, nadie ha sido condenado por estas muertes, pese a que existen testimonios que apuntan a los posibles autores intelectuales y ejecutores de estos crímenes. Aprovechando este cLima de impunidad, la hostilidad y las amenazas contra los curanderos se endurece y radicaliza. Incluso las rondas campesinas de Alto Amazonas están organizando un plan para “erradicar curanderos y brujos”.

Entrevisto en Yurimaguas a Segundo Pizango Inuma, el Presidente de la Federación de las Comunidades Nativas Chayawitas (FECONACHA). Precisamente la FECONACHA agrupa a las comunidades de la familia etnolingüística Cahuapana integrada por los Chayahuita, Shayabit, Jebero, Balsapuertino, Shiwila, Shawis, entre otros. Los curanderos asesinados en su mayoría son Shawis. 

“Detrás de la muerte de los curanderos hay varias causas. Intereses económicos, celos, la gente culpa de la muerte de las personas a la brujería, las autoridades no quieren a los curanderos porque éstos tienen poder, sus recetas de plantas reemplazan a los medicamentos de las farmacias”, reflexiona Pizango Inuma.

Hay un mar de fondo en la muerte de los curanderos Shawis que hace recordar la extirpación de idolatrías de la época colonial cuando en nombre de la hispanización y la evagelización y bajo la acusación de idólatras fueron asesinados miles de sacerdotes y destruida la parafernalia del culto a la naturaleza.

El shamanismo o curanderismo andino- amazónico representa uno de los mayores saberes y conocimientos sobre la naturaleza y el hombre. Todo o casi todo el conocimiento de las plantas que la medicina occidental aprovecha se origina en la etnobotánica andino-amazónica.

En la lógica del extractivismo, del neoliberalismo a ultranza, de la modernidad del “perro del hortelano”, del materialismo capitalista, de la uniformización cultural planetaria, las cosmovisiones andino-amazónicas sobre la naturaleza, de las cuales los curanderos o shamanes son los intérpretes, son idolatrías que hay que extirpar y borrar.

Las plantas y la naturaleza tienen un poder que desafían la perversa racionalidad del poder. Por eso este poder quiere extirpar a las plantas y a los que conocen y usan sus poderes. El asesinato de los curanderos o shamanes Shawi de Balsapuerto es una forma de extirpación de idolatrías en el siglo XXI.


http://www.diariolaprimeraperu.com/online/columnistas/caceria-de-brujos-o-una-nueva-extirpacion-de-idolatrias_95032.html

Bolivia: ONU recomienda paralizar obras en TIPNIS y garantizar derecho a consulta de PPII


Servindi, 22 de setiembre, 2011.- La representante de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), Yoriko Yasukawa, recomendó al presidente Evo Morales suspender la construcción de la carretera que atravesará el TIPNIS –iniciada en junio– hasta garantizar el derecho al consentimiento previo, libre e informado de los pobladores indígenas, tal como lo establece el marco legal.
“Si se puede suspender esa obra y si las autoridades pueden sentarse con todas las autoridades indígenas que van a ser afectadas directamente para, con la disposición de considerar otras alternativas, dialogar, yo creo que se puede garantizar ese derecho”, indicó Yasukawa, en entrevista con la radio Erbol.
Actualmente, la movilización se encuentra detenida a cinco kilómetros del pueblo de Yucumo debido a cientos de campesinos leales a Morales, y a los policías que no dejar pasar a los indígenas, supuestamente para evitar enfrentamientos entre ambos bandos.
No obstante, medios locales denunciaron hoy que los campesinos de Yucumo requisan a los viajeros que pasan por allí y han impedido el paso de alimentos, agua y medicinas enviados a los indígenas. Pese a ello, los marchistas pudieron abastecerse de esos productos en el pueblo vecino de San Borja, por el que antes había pasado.
Al respecto, el representante de la Defensoría del Pueblo en Santa Cruz, Hernán Cabrera, que acompaña a los indígenas, lamentó que la policía impida el paso a los indígenas, porque vulnera sus derechos fundamentales.
Hoy en conferencia de prensa, el ministro de Gobierno, Sacha Llorenti, aseguró que “si hay algún funcionario público esté impidiendo el paso de agua o alimentos, va a ser procesado (…) Lo único que estamos controlando es que no pasen armas”.
Los indígenas y grupos ecologistas temen que la carretera permita a los cocaleros del Chapare, invadir el TIPNIS, para producir hoja de coca, base para la fabricación de cocaína. Hace poco, la oficina antidrogas de la ONU reveló que desde que Morales llegó al poder en el 2006, los cultivos de coca aumentaron un 22% en Bolivia, expandiéndose por parques naturales.
Evo Morales y sus ministros defienden el proyecto alegando que es vital para la integración vial del país, y vinculan a los indígenas con grupos de derecha y la embajada de Estados Unidos, para supuestamente pretenden desestabilizar al Gobierno.
Por esa razón, Llorenti señaló que los indígenas denunciaron el conflicto ante la Comisión Interamericana de derechos Humanos (CIDH) con apoyo de un bufete de abogados en el que trabaja Jaime Aparicio, exvicecanciller del expresidente Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-97 y 2002-03).
El líder de la Confederación de Pueblos Indígenas del Oriente, Adolfo Chávez, rechazó las críticas de Llorenti y recordó que uno de sus jefes de inteligencia, el general René Sanabria, exzar antidrogas de Morales, confesó recientemente en Estados Unidos su implicación en el narcotráfico.

Exfuncionarios de Morales apoyan marcha

Día a día crece el respaldo a la marcha indígena en defensa del TIPNIS. La última adhesión a la protesta se produjo hoy jueves 22 de setiembre, cuando un grupo de activistas y ex dirigentes del Movimiento al Socialismo (MAS) llegaron al arroyo Chaparina, en las inmediaciones de Yucumo, tras cruzar el bloqueo interpuesto en la región por colonizadores afines al gobierno.
Los cinco primeros activistas que llegaron fueron recibidos por Adolfo Chávez, presidente de la Confederación de Pueblos Indígenas de Bolivia (CIDOB), y Fernando Vargas, vicepresidente de la subcentral del TIPNIS. Allí, el ex senador masista Lino Villca, lamentó que “los marchistas indígenas tengan que pasar por todo esto en un gobierno indígena”.
Integran la comitiva también Gustavo Guzmán, ex embajador en Estados Unidos; Amparo Carvajal, presidenta de la Asamblea Permanente de Derechos Humanos de La Paz; Julieta Paredes, del movimiento Mujeres Creando, y el ex senador masista Omar Fernández.
Los visitantes cruzaron el punto de bloqueo en medio de gritos e insultos de “resentidos” y “traidores” lanzados por los colonizadores. El cruce se produjo gracias a las gestiones realizadas por Amparo Carvajal, quien se reunió con los colonizadores durante media hora en la subalcaldía de Yucumo.
http://servindi.org/actualidad/52017#more-52017